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Tabela 1 - Dados demográficos das doentes

UFE

Histerectomia

IDADE EM ANOS
Média (DP)
Intervalo

42.4 (4.2)

30-50

41.6 (5.3)

31-50

ORIGEM ÉTNICA
Asiática/Ilhas do Pacífico
Afro-americana
Hispânica
Caucasiana
Outra

1 (1%)

67 (59%)

7 (6%)

35 (31%)

3 (3%)

2 (4%)

9 (18%)
8 (16%)

31 (62%)

0 (0%)

ALTURA (cm)
Média (DP)
Intervalo

159.9 (10.5)

131-186

161.8 (10.1)

132-178

PESO (kg)
Média (DP)
Intervalo

72.7 (16.2)

46-123

75.1 (21.5)

50-146

ESTADO MENSTRUAL
Frequente
Infrequente
Regular
Desconhecido

8 (8%)
1 (1%)

93 (91%)

0 (0%)

14 (28%)

2 (4%)

33 (66%)

1 (2%)

ANTES DO TRATAMENTO
DOS FIBRÓIDES
Nenhum
Agonista GnRH
Contraceptivo oral
Outro hormonal
Miomectomia
Raspagem
Histeroscopia
Outro invasivo

53 (52%)

9 (9%)

25 (25%)

9 (9%)

20 (20%)
17 (17%)
13 (13%)

9 (9%)

35 (70%)

2 (4%)

5 (10%)
5 (10%)

4 (8%)
1 (2%)
2 (4%)
3 (6%)

NÚMERO DE FIBRÓIDES
1
2
≥ 3
sem resposta

28 (25%)
37 (33%)
48 (42%)

0 (0%)

20 (40%)
19 (38%)
10 (20%)

1 (2%)

VOLUME UTERINO (ml)*
Média (DP)
Intervalo

692.4 (462.8)
185.6-3076.3

389.2 (521.2)

91.8-3415.1

VOLUME FIBRÓIDE
DOMINANTE (ml)
Média (DP)
Intervalo

147.4 (154.3)

5.1-776.8

90.6 (354.8)

3.2-2322.3

TIPO DE FIBRÓIDE
Intramural
Subseroso
Submucosal
Transmural
Pedunculado
Mais de um tipo indicado
para
algumas doentes

69 (61%)
20 (18%)
18 (16%)
11 (10%)

2 (2%)

32 (64%)

8 (16%)

13 (26%)

1 (2%)

4 (8%

*Oitenta e quatro por cento das doentes submetidas a UFE e 98%

das doentes submetidas a histerectomia apresentaram volumes

uterinos iniciais de 1000 ml ou menos.

Resultados do estudo

Os resultados do estudo são apresentados de seguida para 107

doentes consideradas como fazendo parte da coorte do estudo

UFE de Fase II, constituída por 11 doentes UFE de Fase I que

satisfizeram os critérios de elegibilidade de Fase II e 96 doentes

UFE avaliáveis de Fase II.

Informações relativas ao procedimento, à alta e à recuperação

Todos os procedimentos UFE foram tecnicamente bem sucedidos,

sem quaisquer complicações intra-operatórias que preveniram a

finalização do procedimento. A maioria (77%) dos procedimentos

UFE foi realizada utilizando um cateter 5 Fr e, nos restantes, um

cateter 4 Fr (19%) ou 3 Fr (3%). Setenta e duas doentes foram

tratadas com esferas de 500 a 700 mícrones, 66 doentes com

esferas de 700 a 900 mícrones e 18 doentes com esferas de 900

a 1200 mícrones. Muitas das doentes foram tratadas com mais

de um tamanho de esfera. A abordagem mais frequente ao

tratamento consistiu em começar com um tamanho de esfera

mais pequeno e, se necessário, aumentar o tamanho de seguida.

O volume das esferas necessárias variou inversamente com o

tamanho da esfera: utilizaou-se uma média de esferas de 7,2 ml de

500 a 700 mícrones, em comparação com as esferas de 6 ml de 700

a 900 mícrones e com as esferas de 4,1 ml de 900 a 1200 mícrones.

A maioria das doentes UFE foi submetida ao procedimento sob

sedação consciente, com um anestésico local administrado no

local da punção. Nenhum procedimento UFE foi realizado sob

anestesia geral. O tempo médio do procedimento UFE desde a

primeira punção arterial atй а remoção final do cateter foi de 58 ±

28 minutos (intervalo de 10 a 140 minutos). Em comparação, todas

as cirurgias com histerectomia foram realizadas sob anestesia geral,

independentemente do tipo de histerectomia realizada, tendo o

tempo médio da cirurgia desde a incisão da pele atй а sutura da

pele sido de 93 ± 38 minutos (intervalo de 35 171 minutos) (p <

0,001). A maioria dos procedimentos de histerectomia foi realizada

a nível abdominal (76%).

Oitenta e sete por cento das doentes submetidas a UFE

receberam alta hospitalar no dia seguinte ao do procedimento

de embolização e 12% no próprio dia do procedimento. As

doentes submetidas a histerectomia passaram significativamente

mais tempo no hospital (p < 0,001), com um internamento

médio de 2,3 dias em comparação com 0,9 dias para as doentes

submetidas a UFE. As doentes submetidas a UFE regressaram

ao trabalho decorridos, em média, cerca de 10,7 dias; contudo,

foram necessários, em média, cerca de 30,7 dias para as doentes

submetidas a histerectomia (p < 0,001). Do mesmo modo, as

doentes submetidas a UFE regressaram às actividades diárias

normais a uma velocidade três vezes maior do que as doentes

histerectomizadas (média de 10,9 dias para UFE versus 37,4 dias

para histerectomia, p < 0,001).

Critérios primários de avaliação da eficácia

Hemorragia menstrual

Para serem elegíveis para a UFE neste estudo, as doentes tinham

de apresentar uma hemorragia menstrual anormalmente

intensa, com uma pontuação inicial de ≥ 150 na ferramenta

PBLAC (Pictorial Bleeding Assessment Chart) de Janssen et al.

(1995). O êxito foi definido como uma redução de ≥50% da

classificação PBLAC na avaliação de seguimento aos 6 meses.

Foram igualmente empregues medidas adicionais para avaliar as

alterações em termos de hemorragia menstrual, incluindo auto-

avaliação pela doente do nível hemorrágico e um questionário

sobre a menorragia.

Regra geral, as alterações a nível da hemorragia menstrual

ocorreram rapidamente após a UFE, com 92% das doentes

a mostrarem alguma melhoria ao fim de 3 meses. A Tabela 2

apresenta as taxas de êxito da hemorragia menstrual aos 6 meses

na população com intenção de tratar. Os dados na Tabela 2

reflectem as PBLAC preenchidas de 90 das 107 doentes de Fase

II submetidas a UFE (84%). Seis doentes (6%) não preencheram

uma PBLAC aos 6 meses porque foram perdidas no seguimento

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